Já em 1968, grupos feministas
fizeram do episódio conhecido como Bra-Burning, ou “A Queima dos Sutiãs”
símbolo da luta por direitos iguais na sociedade. A ‘queima’, propriamente
dita, nunca aconteceu. Elas colocaram no chão em frente ao Senado, em
Washington, nos EUA, sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, sprays de
laquê, maquiagens, revistas, espartilhos, cintas e outros “instrumentos de
tortura” e protestaram a favor dos direitos iguais, mas sem tirar, por exemplo,
o próprio sutiã, sendo está uma luta simbólica, onde as feministas se julgavam
torturadas pela sociedade e seus objetos, biótipos femininos impostos pela
sociedade.
Feminismo é um movimento social,
filosófico e político que tem como metas o direito de se liberta de padrões
opressores baseados em normas de gênero. Envolvem diversos movimentos, teorias
e filosofias que buscam pela igualdade entre homens e mulheres e ao direito das
mulheres e seus interesses. O Feminismo luta ate os dias, buscando a igualdade
entre os sexos.
Com uma mudança a moda nos anos
60 era os seios pequenos e atitude, que trouxeram sutiãs naturais, leves e
transparentes, dando a impressão de nudez. Também nesta época a indústria de
lingerie da Alemanha Ocidental experimenta o seu auge. Dá emprego a 25.000
pessoas.
Na década de 70 os médicos
falaram que os sutiãs tinham a função de sustentar o peito, sobretudo depois da
gravidez ou na menopausa (em momentos de grandes alterações hormonais) quando
se torna importante impedir a quebra dos músculos do peito. E o sutiã volta a
ser usado pelas mulheres.
Na França, é a marca Huit que apresenta ao mercado francês o primeiro
sutiã moldado. Mas vai alem, cria sutiãs macios e leves, muda a forma de
distribuição das peças, estas agora vem em caixinha de surpresa, uma bolinha de
plástico dentro da qual se enrola o sutiã. Surge ainda com a Huit o primeiro
anuncio publicitário de sutiãs no cinema, passa a mensagem de frescor,
naturalidade e liberdade em seus anúncios, o que traz a marca um sucesso
imediato.
A idéia do seio livre faz com que muitas
indústrias de lingerie fechem as portas. Mas essa busca por liberdade dos
costumes e o com uso da pílula anticoncepcional, por volta de 1968, o tamanho
do busto das mulheres aumenta. Traze assim aos fabricantes que sobreviveram uma
nova mulher, com seios maiores busca o uso de bons sutiãs.
A partir dos anos 80, a indústria de lingerie
viveu uma verdadeira explosão de tecnologia com o surgimento da Lycra®, que
pode ser confeccionada com materiais mais finos e delicados. Combinada em
pequenas proporções a qualquer fibra natural, a lycra permite o ajuste perfeito
ao corpo. Em 1982 nascem às rendas com lycra. A partir desse momento o setor da
moda passou a ser impensável, sem as novidades como a Lycra®, a então chamada
fibra milagrosa.
Nos anos 80 a diva Madonna trouxe de
volta os espartilhos, como acessório de moda e não como prisão feminina. Foi
com o apoio dela que as lingeries se integraram à moda, aparecendo cada vez
mais. Surgindo assim a última grande mudança no conceito do sutiã que foi o
outwear, usado para fora, na forma de bodys, bustiês, corpetes e sutiãs como
roupas de sair.
Os sutiãs chegaram a um nível de
sofisticação, qualidade e conforto nunca vistos. Depois de décadas de vida,
entre suportes, contestações e seduções, de peitos à mostra e escondidos, os
anos 90 vêm valorizar o busto como referência de feminilidade.
Como Janaina Medeiros fala em seu
livro Costurando Para Fora, rebeladas e reveladas, enfim mulheres e suas
lingeries continuarão a fazer história.
Fonte:http://mariamarcolina.blogspot.com.br/