segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A Lingerie e a Modernidade


Cada vez mais a tecnologia ganha espaço no universo da moda íntima e novos produtos são empregados nas confecções das peças, tão presentes no dia-a-dia feminino. As invenções aguçam os sentidos das mulheres com novas percepções sensoriais. A história da lingerie, especialmente a do sutiã, que completou 100 anos em 2007, está diretamente relacionada às principais conquistas femininas.

Em 1907, a peça, criada por Mary Tucek, surgiu com a finalidade de “achatar” os seios e era confeccionada em cambraia ou tricoline, semelhante ao atual, mas com bojos separados, alças nos ombros e preso na parte de trás com colchetes. Neste mesmo período, as mulheres buscavam a emancipação e a democratização da moda. A industrialização chegou aos nos dez, com a venda da patente dos “lenços” de Mary Phelps Jacobs. A renda começa a ser introduzida às peças, que passaram a separar os seios e não mais achatá-los. Com as mulheres trabalhando fora de casa, o espartilho sai de cena.

Na década de 20 chega ao Brasil. O principal modelo era o assinado por Kestos, similar ao atual, com pedaços triangulares de tecidos presos por um elástico que passava sobre os ombros, cruzava nas costas e abotoava na frente. Nos anos seguintes o NYLON – nome popular da poliamida – é lançado e o sutiã surge com bojos mais fundos e pespontos. Os anúncios da época destacavam a sustentação. Marcas brasileiras como Morisco, Valisère, DeMillus e Darling passam a produzir peças íntimas. Nos anos 40 a lingerie de poliamida passa a ter brilho, ser leve e resistente, além de secar com facilidade, tornando-se um sucesso. Destaque para os modelos que deixam os seios empinados.

As mulheres dos anos 50 chegaram mais femininas e glamorosas e é também nesta época, que surgiram os modelos com almofadas de ar finas para aumentar o busto pequeno. Em 1958, o fio elastano é inventado com a marca LYCRA®, revolucionando a moda por proporcionar maior conforto e modelagens mais ricas. As peças que empinavam muito os seios eram as mais procuradas. O romantismo toma conta da década de 60, com o retorno da renda e trazendo a cinta-liga, 7/8 e corselete. Também surgem as alças elásticas reguláveis adaptadas ao sutiã. As feministas queimam as peças em passeatas, numa metáfora para os pedidos de libertação da mulher. As marcas DelRio e Hope agregam à produção nacional.

A transparência vem à tona na década de 70, mesmo período que os tecidos de poliamida com fio LYCRA® reinventam as modelagens, eliminando as costuras no meio do bojo. Nos anos 80, os seios se sobressaem e estão em evidência. A peça é usada como outerwear, a exemplo da cantora Madonna. Os tons neutros cedem espaço para as cores, estampas e texturas. Três marcas surgem nestas duas décadas, Duloren, Dilady e Robia. A tecnologia começa a dar sinais na década de 90, com a chegada dos tecidos finos, segunda pele, lingerie sem costura, lingerie esportiva e introdução da microfibra TACTEL®. Novas marcas no Brasil. Entre elas: Elegance, Liz, Fruit de La Passion e Puket lingerie.

Nos anos 2000, a tecnologia invade o segmento. As calcinhas, sutiãs, meias e cuecas acompanham as tendências de moda e passam a compor o look da produção, tanto do homem quanto da mulher. Em 2007, segundo levantamento do mercado brasileiro, o setor registrou a produção de 593 milhões de peças deste segmento, o que significa um crescimento 6% em relação a 2006. No que se refere às calcinhas, desse total, foram 276 milhões produzidas no período. Outros 205 milhões foram de sutiãs. Cerca de 10 milhões foram de cintas e peças de compressão. Chegam às lojas as marcas Lupo lingerie, Plié, Verve, Nu.Luxe e Uni.

Após pesquisas e análises mundiais, em 2008, a marca LYCRA® constatou que as peças íntimas que aderem ao corpo e não possuem costura, marcando menos a roupa, têm excelentes aceitações. Com isso, desenvolveu o fio LYCRA® Xtra Fine que com sua alta tecnologia, possibilita a produção de tecidos com gramaturas mais leves e mais sedosas, proporcionando maior conforto e aderência ao corpo, além de secagem mais rápida. Atualmente é considerado o mais adequado para a moda íntima e revela-se como uma opção com grande aceitação entre os consumidores mais antenados.

Outra grande inovação têxtil para o mercado de lingerie é a fita LYCRA® 2.0, um adesivo elástico termoativado que substitui a costura e mantém a forma da peça, com conforto e ótimo caimento. Os benefícios únicos oferecidos ao consumidor são: alongamento e retração (perfeitos para curvas definidas e caimento duradouro); design clean (devido à ausência de elásticos e costura); conforto e excelente durabilidade. As inovações atuais permitem que os estilistas possam ser mais criativos e inovadores, desenhando peças únicas, gerando ar de exclusividade para quem as veste. O Brasil é um dos paises que recebeu em primeira mão o novo produto, lançado na última edição do Salão de Moda Íntima.

Como mais atual no setor destaco o retorno da renda no inverno 2009. Sua construção, com as novas tecnologias em microfibras, proporciona sensação de bem estar, sensualidade e elegância, sendo refrescante e confortável para qualquer ocasião e fase da vida. Em grande estilo ela chega larga ou estreita, colorida ou neutra, discreta ou ousada, mas será destaque nos looks transmitindo romantismo, estilo que retorna às passarelas. Pesquisas internacionais revelam que elas serão sutilmente vistas já nesse verão e tem ótimo caimento com qualquer tipo de tecido.

Na hora da confecção atenção especial desde a estocagem dos rolos, manipulação, enfestamento, passando pelo risco e marcação, até o corte e a costura, que possui diferentes adequações para cada tipo de máquina. Em casa, para preservação e higienização correta as lingeries devem ser lavadas manualmente, com água e sabão neutro. Não guardar a peça molhada e não deixar de molho. Secar à sombra. As cores cítricas merecem cuidado redobrado, pois possuem baixa solidez à luz e a lavagem. Não é necessário passar com ferro. Lembre-se também que a peça não deve ter contato com produtos cosméticos (cremes, óleos, bronzeadores, etc.), e produtos químicos. Isso evita uma possível degradação prematura do fio elastano, preservando-a por mais tempo.

Fonte:http://www.revistasintetica.com.br/internasNoticias.asp?newsMundoEventosArtesDicasmodaCulturaruaEspeciasID=587

Um comentário:

Seja ousada... use Led's íntima disse...

Adorei este poust! Amooo lingerie, visite meu blog tbem! Parabéns pelo blog!