domingo, 2 de novembro de 2008

Nanotecnologia ajuda a criar roupa autolimpantes

Tecido mata bactérias e não precisa ser lavado com freqüência.
Empresas de artigos esportivos estão de olho na alternativa.


Imagem criada pela equipe de arte do G1 mostra conceito da cueca autolimpante O desenvolvimento da tecnologia pode trazer alívio àqueles que não são adeptos a rituais de higiene, como colocar suas roupas suadas para lavar e trocar peças íntimas regularmente. Uma alternativa já utilizada nos Estados Unidos, por exemplo, permite que militares em combate utilizem a mesma cueca durante semanas, sem que elas precisem ser trocadas.

Com o uso da nanotecnologia -- manipulação de elementos em níveis moleculares --, cientistas da Força Aérea norte-americana conseguiram criar uma espécie de capa que remove suor e sujeira dos tecidos. A novidade desenvolvida por cientistas militares já foi licenciada pela empresa britânica Alexium, que deve levar as roupas autolimpantes para civis em até um ano. Essa alternativa levou cinco anos e consumiu US$ 27,2 milhões para ser criada.

“A principal área para o uso da tecnologia é a de artigos esportivos. Já estamos negociando com as maiores empresas desse setor”, afirmou John Almond, diretor da Alexium ao jornal britânico “Telegraph”. Ele acredita que essas novidades podem estar disponíveis no mercado em um ano e devem adicionar “apenas algumas libras esterlinas” no preço final dos produtos.

Os tecidos autolimpantes repelem líquidos e podem, inclusive, matar bactérias que ficam no suor e dão mau cheiro às roupas. Por isso, a freqüência de lavagem dessas peças pode ser muito menor do que aquela necessária considerando as peças tradicionais.

A Força Aérea iniciou o desenvolvimento dessa alternativa com o objetivo de oferecer proteção aos combatentes em guerras biológicas -- a tecnologia poderia matar anthrax e também outras bactérias utilizadas como arma. Em testes, os militares também utilizaram cuecas com esse tecido, que não precisam ser trocadas durante semanas.

Segundo o jornal “Telegraph”, a tecnologia utiliza nanopartículas nas fibras das roupas – de tão pequenos, esses elementos não podem sequer ser vistos com microscópios tradicionais; um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro. Essas nanopartículas contêm elementos químicos que não podem ser aplicados diretamente aos tecidos e que repelem líquido, sujeira e bactérias. Com isso, a capa de proteção é formada, criando as roupas autolimpantes.

Fonte:http://g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,AA1418139-6174,00.html

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