segunda-feira, 7 de março de 2011

Cuecas Customizadas por Artistas Plásticos fazem parte do Movimento de Conscientização Sobre o Câncer de Próstata

O objetivo da Abapc é chamar atenção, por meio da arte, sobre esta doença que ainda é “tabu” entre o público masculino

Utilizando emails que fazem parte do “mailing” do ARQUIVO ABAPC – Associação Brasileira dos Artistas Plásticos de Colagem e dos próprios artistas, a associação pretende utilizar cuecas customizadas e chamar atenção para o câncer de próstata.

Segundo Robert Richard, presidente da associação, “nas diversas exposições que vimos fazendo desde 2009 utilizando cuecas customizadas e chamando a atenção sobre esse tipo de doença, que é uma das mais agressivas, percebemos, no contato com os voluntários da AB Câncer e pela reação dos homens que visitaram as exposições, que o câncer de próstata ainda é praticamente desconhecido da maioria do público masculino”.

Nos emails, que a associação pede que sejam repassados, os três artistas convidados – Adriana Rizkallah, Nino Millán e Carlos Dercoles, apresentam seus trabalhos sobre a cueca dentro de um padrão artístico peculiar, ou seja, são feitas de diferentes materiais, como ferro, metal, tecido, resina e outros, aproveitando também para contar um pouco da evolução e a história desta peça – A Cueca.

A Campanha virtual da ABAPC, iniciada em Janeiro de 2009 com uma exposição de 15 artistas, na época em parceria com a AB CANCER e o STÚDIO LUX, em diversos espaços culturais e públicos se propôs, de forma educativa e lúdica, a esclarecer que, no caso do câncer de próstata, a prevenção é a melhor solução. A doença se desenvolve principalmente em homens com idade superior a 50 anos ou naqueles que possuem casos de tumor na família. Para detectá-lo, a pessoa deve se submeter ao exame de toque retal e PSA (dosagem do antígeno prostático específico). Esses exames também identificam outros problemas na região da próstata.

“A Campanha Virtual visa unir a arte e a saúde e mostrar que podemos abordar uma peça íntima masculina de forma engraçada e didática. Tornar público e rever conceitos estéticos é um grande desafio social e artístico. Transformar a arte em fator de conscientização é um desafio maior ainda que nos proponham a enfrentar. Desde o início de 2009 temos tido um retorno de mídia e de público visitante excelente”, comemora Robert Richard.

Se você é homem, tem mais de 45 anos e a sua próstata nunca foi avaliada, está na hora de ir ao urologista

O que você precisa saber

01 - O câncer de próstata está em segundo lugar, só perde para o de pulmão, no ranking das doenças do homem.

02 -A origem do câncer de próstata é desconhecida.

03 - Quanto maior a idade, maior é a incidência dessa doença.

04 -  Homens acima de 50 anos devem ir ao urologista regularmente.

05 - Somente 5% dos casos se manifestam clinicamente e há uma evidência de que os tumores descobertos incidentalmente se comportam mais benignamente.

06 - Existe a disseminação dessa doença pelas vias venosas e linfáticas e por isso aparecem as metástases ósseas.

07 - Apesar de nem sempre ocorrerem, quando existem, os sintomas principais são: maior freqüência de micções, sangue na urina, afilamento e perda do jato urinário, maior dificuldade no ato de urinar.

08 - Há algumas maneiras de tratamento: cirurgia (nos casos iniciais quando a extensão do tumor ainda é pequena); radioterapia; ingestão de hormônio feminino. O urologista é quem saberá indicar o procedimento correto.

09 - Como o câncer de próstata é de evolução lenta, é fundamental o acompanhamento médico. O diagnóstico precoce previne a doença ainda na sua fase menos agressiva.

10 - O médico sabe muito bem quais os exames necessários para essa prevenção. Não se deve ter preconceitos nem “machismos” idiotas. Isso só aumenta a potencialidade dos riscos.

11 - É recomendável a ingestão de pouca gordura animal e de uma abundante alimentação vegetal, além do uso de vitaminas A, D e selênio (presente na castanha do Pará).

12 - Alimentação saudável e atividades físicas reduzem o rico de câncer de próstata.

13 - A próstata faz parte do sistema reprodutivo masculino. É uma glândula que está localizada no interior do púbis e acima do reto, Tem o tamanho aproximado de uma noz.


A História da Cueca

Cueca é uma peça da indumentária originalmente masculina e atualmente adotada pelas mulheres. A sua função primordial é cobrir e proteger os órgãos sexuais do homem (sua costura é especialmente modelada para fornecer apoio a estes órgãos) ou mulher. Em algumas regiões, também é chamada de sunga. A partícula “cu“, de origem no latim vulgar, praticado nas classes baixas da sociedade romana, que se acha aí inserida, tem o sentido de ‘parte de trás’ (como em culatra). Até dois séculos atrás, os homens vestiam-se com tanto brio quanto as mulheres. Mas então suas roupas e, em particular, suas roupas íntimas, ganharam linhas e cores mais discretas. As diferenças de anatomia sempre ditaram moda da roupa íntima entre homens e mulheres. Para as mulheres, a roupa íntima sempre enfatizou mais a sexualidade que a praticidade.

A roupa íntima masculina sempre foi primeiramente funcional, de acordo com a forma do corpo masculino feitas com tecidos macios e protetores. O exemplo mais antigo da roupa íntima masculina data da era dos homens das cavernas. São descritas por estudiosos com um longo pedaço de linho moldado como um triângulo com tiras nas pontas. Eram amarrados ao redor dos quadris e laçados por entre as pernas; depois, com as tiras, eram amarrados novamente nos quadris.

No século XII, com o desenvolvimento das armaduras de platina, as faixas de linho que eram usadas como proteções contra o metal áspero começaram a serem usadas pelos cavaleiros. Desde então, estes tecidos são considerados os reais antecedentes da roupa íntima masculina. Mais tarde, as cuecas, freqüentemente amarradas abaixo dos joelhos com fitas ou alfinetes, encurtaram e foram costuradas. As roupas masculinas do século XVI eram tão brilhantes e coloridas quanto as femininas. Eram feitas de seda, tafetá e outros tecidos nobres enquanto as roupas íntimas eram feitas de linho, pois era o único tecido lavável. Na década de 1830, as roupas íntimas masculinas feitas de flanela e algodão se tornaram comuns e muito usadas.

Em 1895, o catálogo das lojas Montegomery Ward ofereciam roupas íntimas masculinas feitas de algodão e flanela, mas divididas em duas peças, nas cores cinza e o bem popular vermelho. Após a Revolução Francesa, a aristocracia inglesa tornou-se o modelo da moda masculina. O que usavam eram roupas confortáveis e casuais. Com exceção de ocasiões formais, os calções deram lugar à calças mais justas, acompanhadas de botas. Através dos séculos, alguns homens, principalmente os militares, usavam roupas íntimas parecidas com os corpetes que diziam facilitar a vida em tempos de guerra. Em 1908 as lojas Sears lançaram catálogos oferecendo corsetes masculinos para militares. Os “shorts íntimos” forram as novidades que chegaram com o século XX. As cuecas passaram a ser fabricadas com tecidos e elásticos e se tornaram mais confortáveis. Não podemos deixar de mencionar o grande estilista dos tempos modernos, Calvin Klein, cujas propagandas provocantes levaram a moda íntima masculina ao auge no início dos anos 80. Ao contrário da roupa íntima feminina, que tem um aspecto mais sexy, no princípio da roupa íntima masculina é o conforto e a simplicidade, motivo pelo qual os shorts chamados “samba-canção” se tornaram muito comuns nos anos 80.

Nos anos 90 a lingerie masculina evoluiu e não está pautada só no slip (modelo tradicional), aceitou o calção de malha e todas as formas de produtos derivadas do esporte, como os modelos ciclista, boxer e shorts. A novidade são as fibras e microfibras que compõem uma lingerie de corte bem estudado e com costuras invisíveis para não machucar. Para o dia-a-dia, as lingeries são 100% de algodão.

Não existe nada mais broxante do que uma cueca com elástico frouxo e gasto ou mesmo com pequeninos furos puídos pelo tempo. A atitude fashion de uma pessoa deve ser total e irrestrita. Nada mais anti-fashionista que uma underwear que não complementa o estilo de cada um.


Para informações ou marcar entrevista, entre em contato com Robert Richard, no email: abapc@abapc.com.br

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