quinta-feira, 3 de maio de 2012

Até hoje ... A Grande História do Sutiã III



Já em 1968, grupos feministas fizeram do episódio conhecido como Bra-Burning, ou “A Queima dos Sutiãs” símbolo da luta por direitos iguais na sociedade. A ‘queima’, propriamente dita, nunca aconteceu. Elas colocaram no chão em frente ao Senado, em Washington, nos EUA, sutiãs, sapatos de salto alto, cílios postiços, sprays de laquê, maquiagens, revistas, espartilhos, cintas e outros “instrumentos de tortura” e protestaram a favor dos direitos iguais, mas sem tirar, por exemplo, o próprio sutiã, sendo está uma luta simbólica, onde as feministas se julgavam torturadas pela sociedade e seus objetos, biótipos femininos impostos pela sociedade.

Feminismo é um movimento social, filosófico e político que tem como metas o direito de se liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero. Envolvem diversos movimentos, teorias e filosofias que buscam pela igualdade entre homens e mulheres e ao direito das mulheres e seus interesses. O Feminismo luta ate os dias, buscando a igualdade entre os sexos.

Com uma mudança a moda nos anos 60 era os seios pequenos e atitude, que trouxeram sutiãs naturais, leves e transparentes, dando a impressão de nudez. Também nesta época a indústria de lingerie da Alemanha Ocidental experimenta o seu auge. Dá emprego a 25.000 pessoas.

Na década de 70 os médicos falaram que os sutiãs tinham a função de sustentar o peito, sobretudo depois da gravidez ou na menopausa (em momentos de grandes alterações hormonais) quando se torna importante impedir a quebra dos músculos do peito. E o sutiã volta a ser usado pelas mulheres.

   Na França, é a marca Huit que apresenta ao mercado francês o primeiro sutiã moldado. Mas vai alem, cria sutiãs macios e leves, muda a forma de distribuição das peças, estas agora vem em caixinha de surpresa, uma bolinha de plástico dentro da qual se enrola o sutiã. Surge ainda com a Huit o primeiro anuncio publicitário de sutiãs no cinema, passa a mensagem de frescor, naturalidade e liberdade em seus anúncios, o que traz a marca um sucesso imediato.

 A idéia do seio livre faz com que muitas indústrias de lingerie fechem as portas. Mas essa busca por liberdade dos costumes e o com uso da pílula anticoncepcional, por volta de 1968, o tamanho do busto das mulheres aumenta. Traze assim aos fabricantes que sobreviveram uma nova mulher, com seios maiores busca o uso de bons sutiãs.

A partir dos anos 80, a indústria de lingerie viveu uma verdadeira explosão de tecnologia com o surgimento da Lycra®, que pode ser confeccionada com materiais mais finos e delicados. Combinada em pequenas proporções a qualquer fibra natural, a lycra permite o ajuste perfeito ao corpo. Em 1982 nascem às rendas com lycra. A partir desse momento o setor da moda passou a ser impensável, sem as novidades como a Lycra®, a então chamada fibra milagrosa.

Nos anos 80 a diva Madonna trouxe de volta os espartilhos, como acessório de moda e não como prisão feminina. Foi com o apoio dela que as lingeries se integraram à moda, aparecendo cada vez mais. Surgindo assim a última grande mudança no conceito do sutiã que foi o outwear, usado para fora, na forma de bodys, bustiês, corpetes e sutiãs como roupas de sair.

Os sutiãs chegaram a um nível de sofisticação, qualidade e conforto nunca vistos. Depois de décadas de vida, entre suportes, contestações e seduções, de peitos à mostra e escondidos, os anos 90 vêm valorizar o busto como referência de feminilidade.

Como Janaina Medeiros fala em seu livro Costurando Para Fora, rebeladas e reveladas, enfim mulheres e suas lingeries continuarão a fazer história.

Fonte:http://mariamarcolina.blogspot.com.br/

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